Chico Monte Alegre.

Francisco Cunha foi um dos maiores zagueiros que já passaram pelo Clube do Remo. Conhecido como Chico Monte Alegre, por homenagem a sua cidade natal, o defensor brilhou com a camisa do maior do norte por duas temporadas.

Nascido no dia 8 de Dezembro de 1965, o jogador fez com Belterra, uma das melhores duplas de zaga já vistas no clube de periçá e que ainda hoje povoam os sonhos de muitos azulinos.

Conquistou o bicampeonato paraense em 1990 e 1991 e foi titular em todas as partidas da magnífica campanha do leão na Copa do Brasil de 1991, onde chegou a semi-final, perdendo para o Criciuma de Felipão, que se sagrara campeão.

Sua maneira ímpar de jogar, deixa até os menos saudosistas com vontade de rever um zagueiro de tal classe comandando o sistema defensivo do Remo.

Saiu do leão do norte e foi para o leão do nordeste(Sport Recife-PE). Na equipe pernambucana fez bastante sucesso, comparável com o feito no Clube do Remo. Depois passou por Clubes como Vitória(BA) e jogou no exterior.

Adriano.


O arqueiro Adriano Pires de Andrade é um dos poucos ídolos do Clube do Remo da primeira década do século XXI. Nasceu no interior de São Paulo, na cidade de Alambari, dia 13 de Setembro de 1975. O guarda-redes conseguiu conquistar o respeito dos torcedores mesmo jogando em uma época onde o Remo não atravessara boa fase.

Começou a brilhar profissionalmente no São Raimundo(AM), jogou também em clubes como o Rio Negro(AM), Rio Branco(SP), Nacional(PR), Marcílio Dias(SC), Atlético Operário(SC) e ABC(RN) até chegar no Remo, no meio do campeonato brasileiro da Série B de 2006, no qual o leão fazia uma campanha muito ruim.

Em primeira impressão ele veio para completar elenco, já que, até então, o goleiro Alexandre buzzetto era inquestionável na posição. Todavia, Buzetto teve que se ausentar de uma partida e Adriano teve a primeira chance de defender a meta azulina em jogos oficiais, na partida contra o Marília, no Baenão.

O jogo terminou 3 x 1 para os azulinos e o goleiro Adriano teve uma atuação elogiada por todos. Depois desta partida, Adriano foi titular nos outros 22 jogos restantes do clube na Série B daquele ano. Fez tanto sucesso que ganhou o apelido de Adriano Paredão.

No ano seguinte, o jogador conquistou seu primeiro título com o manto azul marinho, o título de campeão paraense e foi eleito segundo melhor goleiro da competição. Cada vez era mais idolatrado pela torcida. Mesmo após rebaixamento no campeonato nacional, a estrela do goleiro continuou brilhando e várias propostas apareceram. Após longa novela, Adriano renovou contrato com o Remo para jogar a temporada 2008.

Nos primeiros meses do ano o atleta defendeu o castanhal no seletivo do parazão, emprestado pelo leão e voltou ao filho da glória e do triunfo para o certame paraense. Foi bicampeão do campeonato paraense, além de ser eleito melhor goleiro do estadual. só que no campeonato nacional houve outro rebaixamento, ficando o Remo, sem divisão definida.

Mesmo com o segundo rebaixamento, o jogador era unanimidade entre críticos, dirigentes, técnicos e torcedores. Em 2009 Adriano repetiu o feito no ano anterior, jogou o seletivo, só que desta vez pelo Pinheirense e voltou ao clube de periçá no campeonato paraense.

O Remo ficou em terceiro no certame, porém o goleiro foi destaque e chegou a ouvir o voro da torcida entoando que ele era o melhor goleiro do Brasil. Adriano foi eleito pela TV Liberal, afiliada da Tv Globo no Pará, o segundo melhor jogador do campeonato.

Como o Clube do Remo ficou sem competições oficiais para disputar após o estadual, Adriano jogou a Série C do campeonato brasileiro pelo Águia de Maraba, depois o seletivo para o Campeonato Paraense pelo Parauapebas Esporte Clube e o certame Amapaense pelo Santana.

A final do campeonato Amapaense entre Santana e São José foi disputada em um sábado a noite em Macapá, no dia posterior haveria um clássio RE x PA em Belém. Adriano disputou o jogo em Macapá, sagrou-se vice-campeão estadual e viajou logo em seguida para poder jogar o clássico paraense. O Remo ganhou o Paysandu por 3 x 1 e o nome de Adriano foi enaltecido pelos torcedores, garantindo o goleiro como titular absoluto para o parazão 2010.

Sem obter muito sucesso em 2010 pelo Clube do Remo, afinal o leão não conquistou nenhum título e foi eliminado precocemente da Série D do campeonato brasileiro, Adriano foi dispensado do Clube e acertou com o São Francisco, onde não conseguiu o acesso da segunda divisão paraense para a seletiva do parazão. Saído do São Francisco foi novamente para o Santana(AP) onde sagrou-se vice-campeão Amapaense e voltou para Belém esperando acerto com o Remo. Os diretores azulino descartaram sua contratação e o arquiero foi para a Tuna Luso(PA).

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Luisinho das Arábias.

Luís Alberto Duarte dos Santos, conhecido como Luisinho das Arábias, foi um dos grandes atacantes que defenderam as cores do Clube do Remo. Nascido em Petrópolis, no rio de Janeiro, o jogador começou sua carreira profissional na Portuguesa carioca. Com muita habilidade e oportunismo, acabou despontando na lusa da cidade maravilhosa e chamando atenção do Flamengo, que o contratou.

Em pouco mais de 1 ano com a camisa rubro negra, o atleta disputou 33 jogos e fez 9 gols. Saindo do clube carioca foi para o Al Nasr, da Arábia Saudita e fez bastante sucesso, daí vem seu apelido Luisinho das Arábias.

Voltou ao Brasil e foi jogar o Fortaleza(CE), depois passou por Ferroviário(CE), Botafogo(RJ), Sport Recife(PE) e Paysandu(PA) antes de chegar no Clube do Remo. Quando jogava no futebol Cearense, em 1984, o atleta foi submetido a uma bateria de exames, onde os resultados revelaram que o jogador tinha problemas de insuficiência cardíaca, o que não abalou Luisinho, que continuou jogando futebol.

Pelo Remo, o jogador brilhou. Fez muitos gols, jogadas geniais e conquistou a idolatria da fanática torcida do clube. Porém, uma infelicidade ocorreu em uma partida entre Remo e Tiradentes, pelo Parazão de 1989, jogada em uma quinta-feira à noite. O atacante perdeu gols que não costumava e teria se queixado de falta de disposição física, sentindo as pernas pesadas. O comentário foi menosprezado a princípio por causa do estado do gramado do Baenão, castigado pelas fortes chuvas.

Ao sair do estádio, ele teria saído para lanchar e em seguida ido para seu apartamento. Não foi ao clube no dia seguinte. No sábado, ao notar a nova ausência de Luisinho, o técnico José Dutra resolveu mandar uma comitiva procurar o jogador. Ao chegar ao apartamento, o grupo o encontrou morto, deixando os torcedores do Remo seus fãs pelo Brasil de luto. Luisinho das Arábias foi sepultado no cemitério de Irajá-RJ.

Véliz.

O uruguaio Julio Élbio Véliz foi o primeiro estrangeiro a despontar coma camisa do Remo. O atleta iniciou sua carreira no Wandeders de Carmelo, clube de uma pequena cidade localizada no departamento de colônia, no Uruguai, e pouco tempo depois assinou contrato com o Nacional, um dos maiores clubes do país. O goleiro até chegou a disputar um sul americano de seleções, pelo uruguai em 1939.

Saiu do Nacional e veio para o Brasil defender o Grêmio, logo depois foi jogar no Bagé, ambos clubes do Rio Grande do Sul. O interesse azulino se deu quando o arqueiro defendia as cores do São Cristóvão, do Rio de Janeiro, porém, a negociação não se concretizou e Véliz foi para o Madureira, também do Rio de Janeiro.

O Madureira teve um confronto com o clube do Remo, em 1945, Véliz era o goleiro titular, a diretoria azulina pressionou e Véliz ficou em Belém mesmo, como mais novo contratado do clube.

A primeira competição disputada pelo uruguaio no clube paraense foi o campeonato estadual de 1945. O futebolista passou 12 anos defendendo a meta azulina, conquistando 5 títulos paraenses(1949, 1950, 1952, 1953 e 1954), três vice-campeonatos estaduais(1947, 1951 e 1956), um torneio quadrangular de Belém (1954), entre outros títulos de menor expressão. Segundo dados não oficiais, Véliz foi o jogador que mais vezes vestiu a camisa do Remo em toda a história.

O goleiro se fixou na camisa 1 como um muro de concreto no solo, se tornando um profissional reverenciado por todos, idolatrado pela massa azulina. Encerrou a carreira de jogador no clube do remo em 1956.

François.


Nascido em Panamaribo, no Suriname, François Thijm nunca pensou que se tornaria um jogador profissional de sucesso. Iniciou sua carreira no Columbia, do Suriname e se transferiu pouco tempo depois para o V.V Foorwaast, também do seu país natal.

Em 1961 o Remo foi fazer uma excursão no Suriname, jogar alguns jogos amistosos pelo país. O então goleiro azulino Arlindo não pode viajar, e François, que era empregado da Surinam Airways foi oferecido por um gerente da companhia aérea, que tinha certa influência no filho da glória e do triunfo. Como não havia ônus algum, a diretoria do clube aceitou, afinal, se o arqueiro não fosse competente o suficiente, não voltaria com a delegação para o Brasil.

François brilhou na excursão e provou ser um goleiro do mais alto nível e ficou no Remo por mais de uma década. Além de colecionar títulos e defesas impressionantes, François fez as mais diversas funções dentro do clube.

Foi auxiliar técnico do então treinador Paulo Amaral, massagista, chefe de delegação, roupeiro, técnico, treinador de goleiros e coordenador técnico. Certa vez, no campeonato brasileiro de 1972, François exerceu as funções de presidente da delegação, treinador, massagista, roupeiro e goleiro reserva ao memso tempo, e por isso é tido como possuidor de uma personalidade muito sólida e benquisto por torcedores e dirigentes do clube.

Em 1975, o Suriname se tornou independente, e François foi convidado para receber a carteira de nacionalidade Surinamesa ou Holandesa, de acordo com sua escolha, ele disse que queria a "nacionaldidade paraense", porque preferia ser paraense, logo brasileiro, para poder ficar mais perto do clube do Remo. Mais uma prova de amor do goleiro pelo clube.

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Gian.



Giancarlo Dias Dantas sempre foi um garoto precoce. O atleta nasceu em Sertanejo, no Paraná, dia 25 de Agosto de 1974. Com apenas 15 anos começou a jogar futebol profissional pelo Matsubara(PR), um ano depois foi contratado pelo Vasco da Gama(RJ).

Passou quase uma década no clube cruzmaltino e nele ganhou a copa São Paulo de Juniores em 1992, 4 títulos cariocas em 1992, 1993, 1994 e 1998, o campeonato brasileiro em 1997 e a Copa Libertadores da América em 1998. Foi por várias vezes convocado para as seleções de base do Brasil, ganhando o campeonato sul americano sub-17 em 1991 e a copa do mundo sub 20 em 1993.

Saiu do Vasco e foi para o Santa Cruz(PE), depois passou por Portuguesa Santista(SP), América(RN) e Luzern, da Suiça. Voltou ao Brasil em 2002 para defender o Matonense(SP).

Em 2003 foi contratado pelo Clube do Remo. Chegou com moral elevada, um jogador de classe indiscutível. Com um toque de bola refinado e maneira fácil de conduzir a bola, Gian foi conquistando o fenômeno azul.

Logo em sua primeira temporada conquistou o campeonato paraense. Fazendo bom número de gols e como sua a camisa 10, Gian brilhava mais que os outros, tanto que foi eleito melhor meio campista do campeonato. Em uma das melhores campanhas do Remo na segunda divisão do campeonato Brasileiro, onde terminou a primeira fase na terceira posição, atrás apenas de Botafogo(RJ) e Palmeiras(SP), Gian era a alma do Remo, quem fazia a diferença em campo. Ganhou o apelido de príncipe do Baenão.

Em 2004 o atleta permaneceu no clube paraense. O Remo foi campeão estadual com 100% de aproveitamento, 14 jogos e 14 vitórias. Gian foi artilheiro do Estadual e eleito melhor jogador, não tinha mais jeito, ele era o novo ídolo da onda azul. O atleta ainda jogou no Remo em 2005, mas saiu logo no primeiro semestre, foi jogar no Santo André(SP).

Depois Gian ainda passou por Paysandu(PA), Goiás(GO), Vasco da Gama(RJ), novamente, Ceará(CE), onde ganhou o título cearense de 2006, Castanhal(PA) e Bacabal(MA), onde havia encerrado a carreira. Após ligações do ex-diretor azulino Abelardo Sampaio, Gian vltou a jogar profissionalmente, voltando ao clube do Remo em 2010 para disputar o campeonato paraense.

O leão não conseguiu o título etadual e foi eliminado precocemente da Série D do campeonato Brasileiro. Houve eleições presidenciais no fim do ano de 2010 e os novos comandantes do maior time do Norte do Brasil não renovaram o contrato do príncipe Gian, apesar do apelo da torcida para que o fizesse e o jogador foi jogar pelo Independente/Tucuruí(PA).

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Aderson.

José Aderson Lobão Barroso foi um meia de habilidade clássica, elegância e classe de dar inveja. Nascido em Nova timboteua, em família de classe média, diferente da grande maioria dos atletas, Aderson nunca esbanjou nada do que viria a ter.

O jogador que nasceu no dia 19 de Setembro de 1952, iniciou sua carreira no Combatentes(PA) e em 1975 chegou ao Clube do Remo. Ganhou os estaduais de 1975, 1977, 1978 e 1979, teve imenso destaque com a camisa azulina.

Cursando faculdade, trabalhando, treinando e jogando ao mesmo tempo, Aderson se desdobrava, se sacrificava para honrar seu compromisso com a nação azulina. Ele sempre dizia que ao se formar em medicina, largaria o futebol.

Foi para o Flamengo(RJ), mas ficou pouco tempo na equipe carioca, pois decidiu largar o futebol para seguir a profissão de médico. Nesse pouco tempo como jogador, pouco mais de meia década, Aderson deixou marcas de respeito e admiração na torcida azulina, por um atleta que acima de tudo, era profissional.

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